Ontem, 8 de maio de 2025, uma densa fumaça branca subiu pela chaminé da Capela Sistina, anunciando ao mundo que a Igreja Católica tem um novo líder espiritual. O Sucessor de Pedro número 267, foi escolhido na quarta votação do Conclave, que teve início no último dia 7 de maio. Eram 18 horas e 07 minutos, horário italiano, 13 horas (horário de Brasília),  quando os sinos da Basílica de São Pedro começaram a soar, confirmando o esperado anúncio: Habemus Papam. Para entender o que a escolha do nome Leão XIV pode representar para a Igreja e qual linha pastoral poderá ser adotada pelo novo pontífice, ouvimos o teólogo e professor da Uninter, Padre Gilberto Bordini, mestre e doutor em Teologia pela Pontificia Universitá Della Santa Croce, de Roma. Ele explica a importância histórica e simbólica desse nome

O novo Pontífice, que aceitou sua eleição à Cátedra de Pedro, seguiu o tradicional ritual que envolve o uso das vestes papais na chamada “Sala das Lágrimas”, antes de ser apresentado ao mundo na Sacada Central da Basílica de São Pedro. O anúncio oficial foi feito pelo protodiácono, cardeal Dominique Mamberti, com a tradicional fórmula em latim. Além disso, para uma análise mais ampla sobre o perfil do novo Papa e os possíveis desafios que ele enfrentará, conversamos com Luiz Alexandre Solano Rossi, professor-adjunto no programa de Mestrado e Doutorado em Teologia da Uninter. Com mestrado em Teologia, doutorado em Ciências da Religião e pós-doutorado em História Antiga, Rossi compartilha suas impressões sobre as expectativas para este novo pontificado

O cardeal Robert Prevost, que agora assume o nome de Leão XIV, é o pontífice mais jovem a liderar a Igreja Católica em mais de três décadas. Desde 1990, a Igreja não via um papa com menos de 70 anos no comando do Vaticano. Leão XIV é o primeiro papa agostiniano da história recente da Igreja Católica. Sua trajetória na vida religiosa começou em 1978, quando ingressou na comunidade agostiniana, uma das mais antigas da Igreja, que combina espiritualidade profunda com compromisso intelectual e social, inspirada na vida e nos escritos de Santo Agostinho. Além de ser norte-americano, Leão XIV também possui cidadania peruana, adquirida em 2015. Ele passou um terço de sua vida nos Estados Unidos e chegou ao Peru ainda jovem. Foi no país andino que construiu uma parte significativa de sua caminhada religiosa, partindo de lá como bispo para o Vaticano, onde se tornou uma figura central na administração do papa Francisco. Após a morte de Francisco, Leão XIV destacou que ainda havia “muito a fazer” na transformação da Igreja, sinalizando um compromisso contínuo com as reformas iniciadas por seu antecessor.