Hoje é 1.º de dezembro, e encerramos novembro — um mês marcado por duas datas fundamentais na agenda da saúde – O Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, em 23 de novembro, e o Dia Nacional de Combate ao Câncer, no dia 27. Esses marcos reforçam a importância de mantermos a discussão ativa, mesmo após o fim do mês, especialmente quando falamos de câncer infantojuvenil, que segue sendo uma das principais causas de morte por doença entre crianças e adolescentes no Brasil. Segundo estimativas recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o país deve registrar, a cada ano durante o triênio 2023–2025, cerca de 7.930 novos casos de câncer infantojuvenil. Isso representa um risco de aproximadamente 134,8 casos por milhão de crianças e adolescentes. Apesar de representarem cerca de 3% de todos os casos de câncer no Brasil, essas doenças figuram entre as principais causas de morte por doença na faixa etária de 1 a 19 anos. Por outro lado — e essa é uma mensagem de esperança — os avanços da medicina nos últimos anos tornaram possível que, com diagnóstico precoce e tratamento em centros especializados, algo em torno de 80% das crianças e adolescentes diagnosticados com câncer sejam curados. Por tudo isso, a conscientização, o diagnóstico precoce, o acesso aos tratamentos e o apoio às famílias são essenciais — e é sobre isso que conversaremos hoje. É com esse propósito que convidamos a Dra. Gabriela Caus, do Serviço de Oncologia e Hematologia do Hospital Pequeno Príncipe, para nos ajudar a entender melhor os desafios e os avanços no cuidado às crianças com câncer